segunda-feira, 23 de junho de 2008

Uma deliciosa comedia de Ariano Suassuna

Enildo do Rosário

Cinqüenta anos após ter sido levada ao palco pela primeira vez, a peça “O Santo e a Porca”, de Ariano Suassuna com nova montagem através da Cia. Limite 151 e da direção de João Fonseca. O espetáculo está em cartaz no Teatro Sesi, Centro do Rio tem no elenco os atores Ewerton de Castro, que está completando 40 anos de carreira que faz o avarento Euricão, protagonista da História, Gláucia Rodrigues, Armando Babaioff, Nilvan Santos, Duaia Assumpção, Janaína Prado e o Ator Convidado: Élcio Romar.

Escrita por Ariano Suassuna em 1957, O Santo e a Porca aborda o tema da avareza. O texto, segundo o próprio Suassuna, "é uma imitação nordestina" da peça Aululária, também conhecida como a Comédia da Panela, do escritor romano Plauto. A peça relata o casamento da filha de um avarento, sendo que o "santo" do título é Santo Antonio e a "porca" é um cofrinho, símbolo do acúmulo de dinheiro e tão protetor quanto o santo.

A comédia O Santo e A Porca não foge à regra dos espetáculos de Ariano Suassuna, onde a simplicidade do trabalho permeia toda ação dramática. O cenário recria um ambiente do interior nordestino. A cultura nordestina é amplamente valorizada através de personagens que trazem consigo a marca de um povo sofrido, porém alegre. Intrinsecamente ligado ao espetáculo teatral popular brasileiro, O Santo e A Porca é profundamente cômico, festivo, mágico e malicioso. A encenação busca instaurar um ambiente de encantamento, onde os contrastes entre a riqueza e a pobreza saltam aos olhos.

Desafio de mais um clássico, desta vez de um autor nordestino o diretor João Fonseca fala do prazer de dirigir textos brasileiros no oprimido. O Santo e A Porca têm um olhar sobre o sertão, os grandes coronéis. Ainda mais porque em todos esses trabalhos o foco é no oprimido.- Suassuna enxerga a capacidade de transmutar do pobre sertanejo, a capacidade de sobreviver. A necessidade de sobreviver faz com a vida lhes dê uma inteligência grande para isso “, conta o diretor”.

Serviço:
Teatro SESI - Rua Graça Aranha nº. 1 - Centro-Tel: 2563-4163
Horário : de quinta a domingo às 19:30 h
Preço: quinta e sexta R$ 30,00/sábado e domingo R$ 40,00
Classificação etária: 10 anos
Duração do espetáculo: 90 minutosTemporada até 31 de agosto

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Cultura: Nova obra teatral adapta livro de Mutarelli

Ivoneth Merlin

Depois de ter seu romance de estréia, "O Cheiro do Ralo", levado às telas em março deste ano por Heitor Dhalia, o quadrinista Lourenço Mutarelli fecha 2007 vendo sua segunda incursão no gênero ganhar os palcos. Menos estilizado do que o filme estrelado por Selton Mello, mas com uma fauna de personagens lúgubres à altura deste, "O Natimorto" estréia dia 5 de Julho no Rio de Janeiro, no teatro dos Grandes Atores na Gávea.

No teatro, sai de cena o Lourenço obcecado pelo odor do banheiro e entra O Agente, fumante inveterado acossado pelas imagens impressas no verso dos maços ("São um prenúncio do dia") e pelos possíveis elos destas com as cartas do tarô. Quando sua nova cliente, A Voz (que não emite nenhum som ao abrir a boca), chega à cidade, ele lhe faz uma proposta radical: isolarem-se em um quarto de hotel para ficarem a salvo das vaias, críticas e tomates dos detratores. Na semi-clausura (ela sai eventualmente para tocar a carreira), surge uma relação de cumplicidade e dependência.

A transposição do livro para o palco foi iniciativa da atriz Maria Manoella, intérprete d'A Voz, que descobriu "O Natimorto" em 2005, um ano após o lançamento. "A estrutura é mais de peça do que de romance. O universo do Mutarelli, de solidão, confinamento, estranhamento e horror, me atrai bastante. É muito fácil filmar o horror, mas é raro vê-lo no teatro", diz.

Para Nilton Bicudo, que faz O Agente, a proposta de "discutir uma relação entre quatro paredes" foi o maior chamariz. "E também achei interessante o fato de o personagem querer assumir sua assexualidade [ele sublima a libido ao descobrir a infidelidade da mulher, vivida por Martha Nowill]. Isso tira da frente um monte de dor de cabeça. Com a banalização atual do sexo, é quase uma antevisão do futuro", afirma.

O dramaturgo Mário Bortolotto, que vê em Mutarelli "um louco genial", assina adaptação e direção. Do original, enxugou os monólogos d'O Agente ("senão ficaria com quase quatro horas"), mas preservou os diálogos. "Eles têm um ritmo que precisava ir para a cena", avalia.

Infanto-juvenil do O Pensador

Fabiana de Jesus
Com muito humor, a peça “Um garoto chamado Roberto” chega ao palco do Oi Futuro e retrata o analfabetismo das crianças brasileiras. A esquete, produzido pelo cantor Gabriel O Pensador, mostrar como driblar o preconceito das diferenças sociais existentes no país.

A peça nasceu de um livro do O Pensador, e que tem o mesmo nome que a história,é toda focada no protagonista Roberto, que acabou tendo o nome trocado por causa do analfabetismo do pai. O livro ganhou vários prêmios, um dos mais importantes foi o 48°
Prêmio Jabuti de Literatura do ano de dois mil e seis.

"O livro é muito bom. Passa toda a emoção de uma criança que sofre preconceitos e discriminações. Tive a oportunidade de ler há dois anos atrás e estou ansiosa para ver a peça, que deve ser tão imocionante quanto a obra literário de Gabriel", comenta a estudante Carla Regina da Silva.

A peça entrará em cartaz a partir do dia 14/06 até 28/09. Todos os sábados e domingos, às 16 horas. O ingresso 8 reis e meia 4 reais. No Oi Futuro do Rio.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Alunos e a arte do Municipal

Fabiana Maria de Jesus
Agora estudantes de colégios municipais e estaduais estão tendo a oportunidade de conhecer os bastidores do teatro de pertinho. O Projeto escola do Teatro Municipal revela um mundo novo para adolescentes do Rio de Janeiro.

O projeto do Municipal que nasceu no final do ano passado proporciona abrir os horizontes de pessoas que não tem condições de conhecer e pagar para entrar em peças teatrais a conhecer e passar a gostar .Ser telespectador assíduo dos palcos é um dos objetivos do teatro.

“Eu me sinto muito feliz quando vejo os adolescentes de várias escolas, que talvez não teria a oportunidade de conhecer um maestro, uma bailarina e ver de perto como tudo se torna realidade nos palcos. Espero que esse projeto vá muito longe, e alcance lugares nunca imaginado por nós (professores) e pelos os alunos que tem a curiosidade de conhecer o mágico mundo do Municipal”, relata a professora de Balé, Amanda Peçanha.

A entrada é gratuita.O convite de visitar o teatro é feito pelo o próprio Municipal. Os Colégios e pessoas que quiserem conhecer melhor a programação e se informar sobre as visitações é só entrar em contato com o número: 2299-1687. A entrada é gratuita.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sucesso de público e de bilheteria a peça “Como Passar em Concurso Público”, está em cartaz no Rio de Janeiro

Enildo do Rosário

Quem já passou em um concurso conhece com detalhes a jornada para obter a pontuação necessária e conseguir um emprego na máquina estatal. São horas de estudo, desgastantes aulas no cursinho, mais a pressão de familiares e amigos, e ainda uma dúvida que costuma aparecer na cabeça de alguns: “Será que eu estou fazendo a coisa certa?”
Para responder estas e outras perguntas que assolam muitos brasileiros está em cartaz no Teatro Clara Nunes, na Gávea o espetáculo “Como Passar em Concurso Público”. Mas quem se propõe a revelar o segredo tão almejado por grande parte da população brasileira é a Companhia de Comédia G7 que entrou a fundo no tema.

Segundo a Cia, o tema foi tão envolvente que eles visitaram cursinhos e assistiram aulas, leram livros sobre o assunto, entrevistaram os "concorrentes" e até mesmo realizaram provas! Em cada uma dessas etapas buscaram o que há de realmente engraçado em cada detalhe, cada pormenor do dia-a-dia desses heróis. Durante o espetáculo são fornecidas 10 valiosas dicas que mostram o caminho da aprovação, como por exemplo: "Se você estiver na dúvida, marque a alternativa correta!".

De acordo com o ator Rodolfo Cordón, a peça conta à história de José Brasil, um “concurseiro” como tantos outros, que enfrenta situações típicas de quem busca a estabilidade, tais como suportar a pressão familiar, realizar provas teóricas e práticas e, enfim, obter a aprovação – ainda que de maneira duvidosa. Toda saga de Zé Brasil, desde sua concepção até seu futuro como técnico judiciário, é retratada de maneira divertida, dinâmica e inusitada. Em tom de sutis apontamentos, o espetáculo faz rir, mas também faz-nos refletir sobre nossas escolhas, sobre nossa função na sociedade e sobre os nossos sonhos.” Passar em concurso público é muito fácil, a questão fundamental que se impõe ao decorrer da trama não é apenas o segredo, mas também se é este o seu verdadeiro desejo”. Afirma - Rodolfo.

SERVIÇO
Teatro Clara Nunes
Endereço: Shopping da Gávea – 3º Piso – Rua Marques de S. Vicente, 52 – (21) 2274-9696.
Horários: Quinta a Sábado às 21h30; Domingo às 20h30.
Preços: Quinta, sexta e domingo R$ 50,00 (inteira); sábado R$ 60,00 (inteira).
Ingressos antecipados a venda no site
www.ingresso.com
Atenção: Doadores de 01 lata de leite em pó têm 50% de desconto no ingresso inteiro. Os alimentos serão doados para o Retiro dos Artistas
Classificação etária: 12 anos
Duração: 70 minutos

Teatro para não atores


Fabiana de Jesus




O Senac Rio abre mais um novo curso para quem quer ser “soltar” e ser desinibido no dia a dia. O programa de aperfeiçoamento para não atores tem como objetivo deixar as pessoas mais a vontade, exercer a criatividade e aprender a atuar nas situações que acontecem todos os dias.

O curso que tem duração de sessenta horas presenciais usa todos os exercícios que cursos profissionalizantes explora. O corpo, a mente e a voz são estimulados através de músicas, criação de cena, texto dramático, exercício de respiração, vocais e corporais, entre outras atividades.

“O Senac achou muito importante criar um curso para pessoas que não querem seguir a carreira de ator, mas sim poder, interagir com mais presença e personalidade em vários segmentos sociais, falar com mais segurança em público, expor idéias, preparar cenas, contar e interpretar histórias. Tudo isso é importante na vida de todos e em qualquer profissão”, relata Leonardo Thole, diretor de comunicação e marketing do Senac.

O curso terá início 16 de junho com duração até 21 de agosto. Segundas e quintas de 19:00 às 22: 00 hora. Rua Pompeu Loureiro, 45 - 10º andar - Copacabana, Rio de Janeiro.Contatos Tel: 2545-4848 / E-mail: cultcom@rj.senac.br.

terça-feira, 3 de junho de 2008

“Nippon: Cem anos de integração Brasil – Japão

Ivoneth Merlin e Karinna Duque Estrada

Uma “viagem” de 100 anos na história que uniu duas culturas tão distantes é o que o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) oferece aos visitantes. A mostra traça um panorama da cultura japonesa, desde os seus aspectos mais tradicionais até o momento contemporâneo e aborda ainda o desenvolvimento da cultura nipo-brasileira

Ao entrar no CCBB, os visitantes se deparam com pipas enfeitadas com símbolos da cultura japonesa, expostas no hall principal do centro. A mostra está distribuída em 18 salas, com exposição de gravuras tradicionais dos grandes mestres japoneses do século XVIII, objetos de arte utilizados no dia-a-dia e vestimentas como quimonos e armaduras samurai. Também é possível ver também de perto alguns aspectos cotidianos do país do sol nascente, como a cerimônia do chá, as religiões budista e xintoísta e a milenar arquitetura da região.

A exposição é apresentada em quatro módulos. Sendo o primeiro módulo a apresentação de objetos tradicionais da cultura japonesa que influenciam até o hoje o mundo moderno como quimonos, leques, espadas e etc. A segunda parte expõe a arte do dia-a-dia, como a beleza da ikebana (arranjos de flores), o cuidado da cerimônia do chá e os ideogramas. A terceira parte trata das relações entre os dois países, utilizando a arte como fio condutor. O último módulo mostra as influências da cultura sobre o resto do mundo. Uma das salas conta com telões exibindo desenhos animado que conquistaram o mundo e até se tornaram filmes em Hollywood, como "Speed Racer".

De acordo com a assessora de imprensa da mostra, Solange Duarte, “estas manifestações estão incluídas na concepção oriental de que a arte não é para ser apenas vista, mas vivida no seu cotidiano”. A curadora da exposição, Denise Mattar, explica que os japoneses vivenciam a arte e se preocupam com os detalhes. “A gente tem uma idéia da arte como uma coisa para se ver. Para eles, é para ser vivenciada. Cada coisa é feita cuidadosamente, com muita arte,” comenta a curadora.

A exposição Nippon: Cem anos de integração Brasil-Japão vai até 13 de julho (de terça a domingo, das 10h às 21h), no CCBB, Rua Primeiro de Março, 66, Centro, no Rio de Janeiro, tel. (21) 3808-2020. Entrada gratuita.



segunda-feira, 2 de junho de 2008

O festival dos palcos no Rio de Janeiro


Fabiana de Jesus



Quatorze espetáculos concorrem a quinze categorias em um dos maiores festival do Estado do Rio . O 3º Festival Estadual de Esquetes da Fetaerj , Federação de Teatro Associativo do Estado do Rio de Janeiro que aconteceu do dia 20 à 28/5, agitou o mundo teatral e atraiu mais de mil telespectadores e cerca de trinta grupos teatrais de todo o estado, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, em Nova Iguaçu.


O festival que foi fundado em 1977 com o objetivo de discutir e aprimorar a produção teatral alternativa no estado, premiou os ganhadores com valores que variaram de R$ 1000,00 a 200,00 reais.

“O valor é um pequeno incentivo para os grupos teatrais que por muitas vezes não tem o reconhecimento que deveria. É gratificante assistir tanta gente boa, que tem futuro e que se esforça para dar o melhor de si no nosso festival. Cada ano melhora a qualidade dos grupos, esperamos que daqui a algum tempo apareçam mais festivais, tão bom quanto o Fetaerj para valorizar os atores do nosso Brasil”, comenta o presidente do festival Josué Soares.


O esquete que levou o primeiro lugar do festival foi “As Prosopopéias de Casimiro Côco” do Grupo Dell’Art recebeu vários aplausos no dia 28/5, quando teve a divulgação dos ganhadores.

“Foi muito tenso. Cada grupo tinha as apresentações cronometradas. O não cumprimento do tempo limite desclassificará o esquete na hora.Estávamos nervosos com o tempo e com os jurados, mas fomos competentes e ganhamos o primeiro lugar de melhor esquete. Posso garantir que todo o nosso grupo estão está feliz com mais um reconhecimento dentro do que mais gostamos de fazer, atuar”, relata um dos atores da peça Paulo Gruim.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Camila Morgado e Reinaldo Gianecchini estão juntos na peça Doce Deleite

Enildo do Rosário

O espetáculo Doce Deleite que está em cartaz no Teatro dos Quatros, no Leblon, tem humor de todos os tipos, desde o teatro do absurdo, passando pela ópera e teatro de revista. No elenco estão os atores Camila Morgado e Reynaldo Gianecchini sob a direção da consagradissíma Marília Pêra.

A peça que já foi apresentada ao público há mais de 20 anos e tinha no papel principal Marília Pêra e Marco Nanini. A nova versão tem apenas três histórias da montagem de 1981, as outras foram escritas para este espetáculo.

Segundo o dramaturgo Alcione Araújo, autor dos textos, fazer algo diferente do projeto anterior, foi um grande deasfio. - "Não quero copiar o Doce Deleite dos anos 80, mas tentar conservar a mesma delicadeza daquela época", afirma Alcione.

De acordo com o produtor Eduardo Barata, os atores fizeram uma intensa preparação vocal e corporal durante meses para poder dançar balé, cantar óperas, modinhas e outros estilos na comédia musical, que desvenda o universo do teatro através de várias peças curtas. As histórias giram em torno de personagens do mundo teatral, como a bilheteira, o contra-regra, o espectador...

O ator Reinaldo Gianecchini, além de atuar, estréia como co-produtor do espetáculo.- "Eu abracei a idéia da peça com tanta força que pedi ao Eduardo para participar da produção, somos co-produtores de Doce Deleite. Estou muito feliz por participar de todo o projeto. É, sem dúvida, o maior desafio da minha vida profissional, por isso me dedico por inteiro."

Já a atriz Camila Morgado, conhecida por viver papéis intensos como a revolucionária no filme Olga e ainda Manuela, na minissérie A Casa das Sete Mulheres, da Rede Globo, o convite surgiu no momento certo. "Depois de realizar vários trabalhos dramáticos, queria muito fazer comédia. Eu sabia que este texto tinha feito muito sucesso, e quando fui convidada para participar me rendi completamente ao projeto."afirmou.

Serviço:
Doce Deleite
Teatro dos Quatro
Rua Marquês de São Vicente, 52/2º andar - Shopping da Gávea
Telefone: 2274-9895
Quinta a sábado, às 21h30, e domingo, às 20h
A bilheteria funciona de terça a sábado, de 14h às 21h30; e domingo, até 20h30
Ingressos: R$ 80 (sábado e domingo) e R$ 70 (quinta e sexta)
Classificação etária: 14 anos

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ressurgindo das cinzas – Teatro Casa Grande reabre as portas

Karinna Duque Estrada

No dia 22 de maio, o Teatro Casa Grande que já foi palco de importantes montagens teatrais como "O Mistério de Irma Vap", reabrirá as portas para convidados.

Atualmente reformado e rebatizado como Oi Casa Grande, o espaço projetado para abrigar 950 pessoas e grandes espetáculos promete novidades tecnológicas. De acordo com a direção da casa, um robô automatizado fará a elevação da carga para montagens de cenário, totalmente inédito.

Na estréia, o teatro recebe a versão brasileira do musical “A Noviça Rebelde”, com direção da dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho.
Oi Casa Grande fica no mesmo local onde nasceu, na Avenida Afrânio de Melo Franco, no Leblon

segunda-feira, 12 de maio de 2008

"O melhor do musical" - uma coletânea de musicais da Broadway


Karinna Duque Estrada

Após o sucesso entre o público infantil com a peça “Escola Musical”, o diretor e coreógrafo Alessandro do Valle realiza no Centro Cultural Veneza o espetáculo “O melhor do musical” que reúne uma coletânea com os melhores musicais da Broadway como "Cat's", "Mouling Rouge", "Jesus Cristo Super Star", "Dreamgirls", "Rei Leão", entre outros.

No repertório estão 24 canções que serão representadas ao vivo, entre elas, algumas versões do diretor, como “Tudo é Jazz" ("All That Jazz"), do Chicago, "O Fantasma da Ópera" ("The Phantom of the Opera") e "Conta Mais", de "Tell me more", do filme Grease.

Alessandro já trabalhou como bailarino na Broadway e desde então teve o sonho de montar um espetáculo homenageando os musicais de grande sucesso mundial. “Montei o musical em um mês, mas sempre com muito cuidado com o ballet e o repertório, porque foi muito difícil definir as músicas", revela Alessandro.

O elenco conta com 15 atores e bailarinos e com direção musical de Delfim Moreira. ''O Melhor do Musical'' fica em cartaz até o dia 28 de junho, às sextas e sábado às 20h no Centro Cultural Veneza: endereço - Avenida Pasteur, 184 - Botafogo.

Classificação: 12 anos Ingressos – R$ 60,00.R$ 30,00 (estudante, idoso). Também pode ser comprado através do http://www.ingresso.com/

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Sucesso da Broadway, a peça "Os Produtores" está em cartaz no Rio

Enildo do Rosário

Adaptada, dirigida e estrelada por Miguel Falabella, a versão nacional do premiado musical "Os Produtores" é a versão nacional do musical The Producers, de Mel Brooks e Thomas Meehan, um dos maiores sucessos na história da Broadway. A superprodução custou R$ 7 milhões e ostenta outros números que impressionam: nove toneladas de equipamentos, 220 mudanças de luz, 11 cenários que são trocados 25 vezes, Fogos de artifício e uma águia de 400 quilos, que move as asas em cena, mais 350 figurinos, 60 perucas, uma orquestra de 11 músicos, equipe técnica e de produção de 80 pessoas e um elenco de 25 atores.

O musical que está em cartaz no Vivo Rio tem no seu elenco, um triangulo de dar inveja. O produtor Max Bialystock, vivido por Miguel Falabella, o contador Leo Bloom, que a cargo de Vladimir Brichta e a dançarina sueca Ulla que é interpretada pela bela Juliana Paes.

Embora tenha um certo ar "brasileiro", a adaptação é idêntica à internacional, com as músicas traduzidas quase que na íntegra. "Os Produtores" é uma transposição exata da montagem norte-americana, mas também não surpreende e segue à risca a receita que fez da matriz um sucesso --mais de 4 milhões de espectadores e 13 prêmios Tony, desde a estréia em 2002.
Segundo o diretor e ator Miguel Falabella, "Nenhuma alteração foi feita na peça. -Temos uma Bíblia a seguir e não podemos deixar virar bagunça. Ficamos até um pouco engessados por causa disso, mas tem que ser assim. Só colocamos um caco ou outro a mais. Houve uma certa dificuldade para se traduzir o texto, mas tenham a certeza de que ficou um espetáculo super brasileiro", explicou Falabella. O espetáculo fica em cartaz no Rio até o dia 01 de junho. Voltar

Serviço:
Vivo Rio. Av. Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo.
Quinta às 21h. Sexta e sábado, às 21h30. Domingo, às 19h.
Ingressos: de R$ 30 (inteira) a R$ 150. Informações: 2272-2900.
Mais informações nos sites:
www.theproducersbrasil.com.br ou www.vivorio.com.br

Espetáculos da memória: Oficina de teatro com idosos

Karinna Duque Estrada

A Oficina de Teatro e Memória, coordenada pela doutora em teatro Beatriz Pinto Venâncio propicia a um grupo de idosos a resgatar suas vidas por meio da encenação de suas lembranças. Composto por pessoas com mais de 60 anos, a oficina foi criada com a intenção de promover a auto estima como um dos pontos principais na luta contra preconceitos, abrindo reflexões e debates sobre a participação desta camada excluída na sociedade.

Beatriz, também especializada em arteterapia, desenvolve há mais de oito anos um trabalho coletivo com não-atores que utiliza a linguagem teatral para criar um canal de comunicação das memórias. A maioria participa do Programa de Extensão da Universidade Federal Fluminense.
O projeto é comunitário e nem sempre conta com espaços convencionais. “Quando temos a oportunidade de estar em um teatro, é possível a utilização de recursos de iluminação e de um arranjo melhor no cenário. No entanto, vários são os convites para nos apresentarmos em salões, auditórios, lonas, shoppings e ambientes improvisados”. Comenta Beatriz.

Além da busca pela reflexão e debates sobre a participação do idoso na sociedade, a equipe da UFF -Espaço Avançado, formada por profissionais de várias áreas, procura disponibilizar experiências em diferentes linguagens para facilitar a compreensão deste público na sociedade.

A técnica de teatro-imagem, utilizada pelo grupo foi elaborada por Augusto Boal, criador do Centro de teatro do oprimido. O processo de comunicação e resgate da memória se divide em oficinas: uma delas contempla exercícios direcionados para o processo performativo com jogos e improvisações e outra, aborda a construção do texto na preparação do espetáculo.

sábado, 26 de abril de 2008

Liberdade sexual nos anos 60

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Fabiana de Jesus


Depois de quarenta anos o Brasil ainda debate um assunto polêmico para a sociedade, o caso das mulheres independentes, que optam em valorizar o sexo ao invés do relacionamento. Esse tema está sendo abordado pela a Cia teatral Dionísios, na peça "Os incríveis anos 60", que conta o início dessa liberdade sexual.

O tema da peça foi escolhido levando em consideração a grande importância social e cultural que a década de 60 representou para o Brasil e para o mundo, trazendo a mulher como o foco principal.

A peça é tratada com bom humor, e traz um elenco jovem, deixando o espetáculo muito mais próximo dos adolescentes. “É muito legal poder mostrar um pouco da década que foi um marco na história do nosso país e do mundo, principalmente o tema das mulheres independentes sexualmente. Essa peça vai poder mostrar um pouquinho de como foi à década de 60 para quem não a viveu”, comenta diretor Diogo kaleff.

A atriz Camila Rubim aposta que a peça será um sucesso. “Tenho certeza que as pessoas vão gostar, mesmo que não tenham vivido naquela época. O texto é muito atual, traz um assunto que até hoje é um tabu. Espero que as pessoas gostem, pois a peça foi muito bem elaborada" , relata Camila Rubim.

A peça entrará em cartaz no dia 11 de maio, no Sesc de Madureira. Entrada 20 reais. Idoso e estudante pagam meio.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Recorde de alunos no Galpão Aplausos



Fabiana de Jesus








Mais de 250 vagas foram preenchidas no último ano no Galpão Aplauso . O recorde de alunos foi comemorado pelos os profissionais e idealizadores da instituição. Os projetos e cursos da instituição tem parceria com o Ministério da Cultura e a Prefeitura do Rio de Janeiro, e oferece cursos gratuitos para jovens de baixa renda. O Galpão foi inaugurado em 2004 e começou com apenas 10 adolescentes.

Para ingressar no Galpão é necessário participar do Projeto da Vez, que oferece oficinas de música, dança, teatro e circo, porém é obrigatório assistir as aulas de direitos humanos, história das artes, mundo de trabalho e cidadania. Após participar um ano do projeto, os jovens podem optar em continuar nas outras oficinas de capacitação profissional, como: Coordenar a Cia aplausos e o Centro especial (centro de artes plásticas) e participar do ProJovem, programa do Governo Federal.

“A missão do Galpão é capacitar e inclusão de jovens no mercado de trabalho, oferecendo um ensino humanista, artístico e empreendedor. Hoje, conseguimos vários jovens entre 16 e 24 anos, e tudo sem fins lucrativos. Isso é muito gratificante”. Relata a diretora do Galpão, Ivonette Albuquerque.

O Galpão Aplauso está localizado na Rua General Luis Mendes de Moraes, 50, Santo Cristo, Rio de Janeiro
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A podridão humana no palco


Fabiana de Jesus



Um espetáculo que relata a decadência, a podridão humana e mostra os seres marginalizados pela sociedade foi o ganhador Festival de Teatro de Resende. “O maldito”, conta a vida e a obra do autor Plínio Marcos. A peça que foi convidada a se apresentar no Festival da fetaerj, um dos maiores festivais de teatro do Rio de Janeiro, mostra a vida das pessoas que sofrem preconceitos, acusações e que suplicam dignidade, respeito e esperança.

O telespectador fica no meio do cenário, pois a peça não tem cadeira para o público sentar.O telespectador acaba interagindo com os atores no cenário que reproduz os prostíbulos e os bairros pobres do Rio de Janeiro.

O diretor e idealizador da peça,
Ribamar Ribeiro, comenta que é uma honra poder mostrar um pouco da vida de Plínio Marcos. “Tem gente que marca a vida das pessoas, e ele marcou a minha com os seus livros e seus espetáculos teatrais. O maldito foi inspirado no meu livro favorito, Navalha na carne, e é um prazer contar um pouco da sua obra”.

“É muito complicado interpretar um papel tão polêmico e complexo como a da minha personagem, Dolores, uma prostituta que vive jogada no mundo, tentando achar uma motivação para viver. É um personagem triste, mas ao mesmo tempo mostra a realidade de muita gente”. Relata Getúlio Nascimento, um dos atores da peça.

O maldito está em cartaz no
Sesc de Madureira. Terças e sextas-feiras, a partir das 19h00 horas.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Dona Flor e seus dois maridos ganha versão para o palco


Enildo do Rosário

Um dos clássicos da literatura brasileira que já foi sucesso de bilheteria nacional no cinema e Record de telespectadores na TV, agora ganha uma versão para o teatro. Está em cartaz no teatro das Artes, no Leblon, uma das maiores historias do poeta Jorge Amado: “Dona Flor e Seus Dois Maridos”

Para contar essa história de sucesso estão no elenco Carol Castro - no papel de Florípedes -, Marcelo Faria - como Vadinho - e Duda Ribeiro - como Theodoro -, além de mais 13 com a direção do premiadíssimo diretor , Pedro Vasconcelos que afirma que a adaptação foi fiel ao livro de Jorge Amado de onde foram tirados os principais momentos do espetáculo - Os atores tiveram aula de dança, prosódia, culinária, preparação psicológica, expressão corporal,canto e voz,cultura baiana, entre outras- explica Pedro

Para o ator Marcelo Faria, a peça 'Dona Flor e Seus Dois Maridos' apresenta uma releitura diferente do filme de Bruno Barreto e da minissérie apresentada na televisão, mas sem perder a essência do romance de Jorge Amado.

-Dona Flor vive um triângulo amoroso onde ela encontra o ideal do homem em dois maridos: "um oferece a sensualidade, já o outro é amável e fiel. Sempre quis montar este texto. Li o livro há muito tempo e me apaixonei pelo Vadinho"- disse o irreverente ator.

Já Carol Castro diz que o principal elemento que ela procurou passar para Flor como ela gosta de chamar a sua personagem, é a transparência.
- "Eu procuro deixar claro para o público todas as faces da personagem: ela virgem, menina, culpada, mulher, viúva, com Theodoro, e cansada dele, com saudades de Vadinho –Afirma Carol que ainda completa que a peça é um marco na carreira dela- Estou preparada para enfrentar qualquer desafio na vida depois desse peça- conclui.


SERVIÇO:
'Dona Flor e Seus Dois Maridos'
Teatro das Artes
Rua Marquês de São Vicente, 52, 2º piso - Shopping da Gávea
Tel.: 2540-6004
Quinta - 21h - R$ 60
Sexta - 21h - R$ 60
Sábado - 21h - R$ 70
Domingo - 20h - R$ 60
Classificação : 18 anos
Duração: 110 minutos.
Descontos: 50% para estudantes, idosos apresentando documentação.

Links:


http://www.donafloreseusdoismaridos.com.br/
http://www.donafloreseusdoismaridos.com.br/>

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Minimalismo e experimentação em Beckett

Os espectadores brasileiros tiveram a oportunidade de assistir, ao longo dos anos, a montagens destacadas dos textos mais conhecidos de Samuel Beckett - "Esperando Godot", "Dias felizes", "Fim de jogo" e "A última gravação de Krapp" (que deverá ganhar, em breve, nova encenação com Sergio Britto).
No entanto, os irmãos Adriano e Fernando Guimarães vêm prestando importante contribuição ao levarem para a cena as peças curtas do dramaturgo. Composto por oito peças, traduzidas por Barbara Heliodora, e cinco performances, o projeto "Resta pouco a dizer" toma conta, a partir de hoje, do Oi Futuro. Alguns trabalhos já foram apresentados, como "Balanço", no mesmo Oi Futuro, com Vera Holtz (em São Paulo, Nathalia Timberg).
Mas há novidades, como a estréia de "Improviso em Ohio", com Aderbal Freire-Filho como ator. "Gosto do minimalismo em Beckett e do fato de utilizar a palavra para falar da própria palavra", identifica Fernando Guimarães em relação às peças curtas do dramaturgo, reunidas na caixa de DVDs "Beckett on film" e exibidas, há alguns anos, numa das edições do Festival do Rio. "Naquela ocasião, vim ao Rio para assistir aos filmes", relembra Fernando, radicado em Brasília, que, também carrega na memória montagens emblemáticas, como "Quatro vezes Beckett", encenada por Gerald Thomas, com Sergio Britto, Ítalo Rossi e Rubens Corrêa no elenco.
Determinados pontos centrais na obra de Samuel Beckett certamente virão à tona durante as apresentações, como a desarticulação entre o movimento do pensamento e a fala (bastante presente em "Eu não"), os espaços cênicos delimitados pelo dramaturgo, dos quais os personagens não têm como escapar, a teatralidade extraída da exasperação da espera e a estrutura circular dos textos, que evoluem, diversas vezes, através das repetições.
"Beckett fornece muitas indicações ao diretor. A obsessão é um traço de sua personalidade artística", afirma Fernando. "Mas as performances, em especial, são criações nossas, calcadas no poder de regulação de um objeto externo. O maior exemplo pode ser encontrado, inclusive, numa peça longa do autor, como `Dias felizes', dada a importância da campainha de Winnie", observa Fernando Guimarães a respeito da personagem interpretada por Fernanda Montenegro (nas montagens de "Oh! Que belos dias", na década de 70, e "Dias felizes", na de 90) e Vera Holtz.
"Resta pouco a dizer" resulta da bem-sucedida parceria entre Adriano e Fernando Guimarães, desenvolvida no decorrer do tempo. "Trabalhamos juntos desde sempre e não dividimos funções. Um trabalho só chega à cena se nós dois aprovarmos. Nosso olhar estético é parecido, o que não significa que não tenhamos momentos de discordância. Só tomamos cuidado para não discutir na frente dos atores", brinca. Adriano e Fernando são, atualmente, professores na escola de Dulcina de Morais, localizada no Conic, em Brasília, e ambos assinam as montagens finais. "Eu fui aluno de Dulcina e era fantástico perceber como ela tinha um ritmo incrível em cena", relembra.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Teatro - Gota D' Água, clássico do teatro, ganha nova leitura

Júlia Pedro
Gota D’ Água, uma tragédia musical urbana em forma de poema, conta a história dos moradores de um conjunto habitacional do subúrbio carioca que driblam a exclusão social e a ganância do poderoso empresário Creonte. Nesse canário hostil, Joana - personagem inspirada na tragédia grega Medéia, de Eurípedes - tenta viver um amor com o Jasão, um compositor popular que acaba cedendo às tentações de Creonte.
O elenco original da peça contava com as participações de Bibi Ferreira (Joana), Roberto Bomfim (Jasão) e Oswaldo Loreiro (Creonte), como os atores pricipais. Mas nesta nova versão, Joana é interpretada pela atriz Georgette Fadel, que dá vida a uma mulher mais próxima da realidade e menos mitológica.

"Joana está mais para uma personagem de Plínio Marcos do que para Medéia", explica Heron Coelho, diretor da peça.

Segundo ele, essa visão realista sempre ficou de fora das montagens anteriores ( além da primeira versão, a peça já foi montada por Gabriel Vilela e Regina Volpato) em função do eterno conflito entre o bem e o mal.

"Cada personagem tem seu papel, sua função dentro do processo social. Preferimos que o público escolha quem ele vai culpar ou absolver", esclarece.

Segundo Heron, Gota D'Água - Breviário (nome dado por ele) é um leitura dramática do texto de Paulo Pontes e Chico Buarque. "Somos da vanguarda", diz ele, ressaltando que o próprio grupo de atores, com média de idade de 20 anos, montou o cenário e confeccionou os figurinos Além disso, a peça pela primeira vez será encenada em formato arena justamente para aproximar os personagens com o público.
Sobre as possíveis críticas e comparações com as montagens anteriores, o diretor - que nasceu no ano em que a primeira versão estreou - diz que não teme esse tipo de reação. " Quem tem esse medo é porque faz seu trabalho voltado para a crítica. Eu faça para o público". Heron também revela que seu maior objetivo é resgatar os grandes textos do teatro brasileiro, como os escritos por Oduvaldo Viana Filho, o Vianinha, e Gianfrancesco Guarnieri.
A peça está em cartaz no Teatro Glória, de quinta a domingo, às 19h.

Para conhecer as letras: www.letras.terra.com.br/chico-buarque

segunda-feira, 31 de março de 2008

Teatro-terapia nas empresas

Karinna Duque Estrada

Intranquilidade, distanciamento, fadiga, conflitos pessoais internos e externos, são complicações geradas por bloqueios que algumas pessoas acabam gerando ao longo do tempo. Dentro de uma empresa, por exemplo, é comum ver funcionários com extrema dificuldade de se relacionar uns com os outros, ou até mesmo com o humor abalado. Para melhorar esse aspecto negativo, muitas empresas contratam profissionais de teatro-terapia, na expectativa de melhorar o desempenho interno.

O diretor Patrick Dadalto, especialista em teatro-terapia, já aplicou a técnica em grandes empresas como Petrobrás e Banco do Brasil em vários estados. Para ele, essa terapia é uma das melhores formas de aproximar e de desinibir as pessoas, sendo ator ou não. Consiste em apresentar diferentes maneiras de se relacionar a partir de brincadeiras, palestras e cursos. Patrick também usa a música como complemento.“ Geralmente todos se emocionam quando escutam música. Estando todos em um mesmo barco você percebe nitidamente que se igualam, seja faxineiro, patroa, chefe empregado etc...”.

A terapia, além de ser importante para o relacionamento interno dos funcionários na empresa, é também uma forma de quebrar o clima de um ambiente exaustivo. “Às vezes pessoas que em 34 anos nunca se olharam passam a se abraçar e depois em uma apresentação de 30 minutos viram amigos ou quebram o bloqueio".



assista aos vídeos de teatro-terapia

Lúcio Mauro divide palco com os filhos

Por Enildo do Rosário

Comemorando 81 anos de idade e 60 de carreira Lúcio Mauro, Lúcio Mauro Filho , Alexandre Barbalho e Luly Barbalho estão atuando juntos no mesmo palco no espetáculo " Lucio 80 30", no Teatro Leblon para celebrar carreiras artísticas bem sucedidas e realizar um grande sonho de família.

Quando o ator Lúcio Mauro foi parar no hospital no ano de 2006, não imaginava que tantas especulações sobre o seu estado de saúde poderiam render uma peça de teatro. Segundo Lúcio Mauro Filho que divide o palco com o pai e mais dois irmãos, os dez dias que passaram juntos no hospital, inspiraram a fazer uma peça em que ele pudesse expressar o seu sentimento e admiração pelo meu pai.

A peça

A história gira em torno de um pai teimoso (Lucio Mauro) que aceita ser internado em um hospital, após um mal-estar prolongado. Nos exames é detectado algo suspeito, o que deixa o filho (Lucio Mauro Filho) muito preocupado. Durante uma semana pai e filho convivem sem saber quanto tempo ainda ficarão juntos. Na angústia de tentar animar o doente, o filho resolve inventar um espetáculo com os dois. Unindo as experiências profissionais e pessoais que tiveram, eles começam a ensaiar uma peça onde passam a limpo suas vidas, seus acertos e erros, alegrias e vitórias, descobrindo onde suas histórias se encontram e revelando o imenso amor e admiração um pelo outro.

O cenário, de Guga Feijó e Lu Nicolini, recria um quarto de hospital e é composto por uma cama e um vaso sanitário. "Como nosso objetivo era passar um clima de atores ensaiando, queria um cenário simples", diz Lucio Mauro Filho.

Serviço
Texto e Direção: Lucio Mauro FilhoElenco: Lucio Mauro, Lucio Mauro Filho, Alexandre Barbalho e Luly BarbalhoTeatro Leblon - Sala Tonia CarreroRua Conde de Bernadotte, 26 - Leblon - Rio de Janeiro Telefone: 2274-3536 / 2294-0347Quinta, sexta e sábado, às 21h; e domingo, às 20h Ingresso: R$ 50 (quinta e sexta) e R$ 60 (sábado e domingo) Capacidade do teatro: 210 lugaresClassificação indicativa: 14 anos
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Kubanu, o "entretenimédia"


Fabiana Maria de Jesus



A companhia, Kubanu, está mais uma vez mostrando a sua irreverência nos palcos. O grupo é considerado um “entretenimédia”, uma mistura de entreterimento com comédia. Os shows da companhia são diferentes de tudo que se é feito nas peças de teatro convencionais.


A apresentação é composta por Dança, Teatro, Artes Circenses, Percussão Corporal, Esportes, Lutas, e Le Parkour. É tudo muito dinâmico e surpreendente, tudo isso acompanhado por uma Banda ao vivo composta por quatro integrantes.

O grupo tem no elenco os atores: Talita Bildeman, Alex Monteiro, Clair Junqueira, Daniella Fontenelle, Igo Ribeiro, Marcos Aprígio, Rafaela Melo e Ricardo de Sá. “É gratificante a gente ver o público sorrindo e nos aplaudindo de pé. Isso faz com que o cansaço e o estresse desaparecem no ato”.Relata a Talita.

O diretor Fernando Coolbano conta com o sucesso logo na estréia. “O Kubanu é uma Cia. de entretenimédia, onde usamos performace corporais cômicas com o objetivo e entreter e divertir o público, então isso já diz tudo, queremos divertir e contagiar as pessoas com a nossa alegria e mostrar e a competência da nossa companhia”.

O grupo entrará em temporada na
Fundição Progresso a partir do dia 15 de abril à 7 de maio, de terças as quintas-feiras, às 20 horas

segunda-feira, 17 de março de 2008

Teatro do oprimido – uma forma de linguagem


Karinna Duque Estrada


Muitos estão acostumados a ouvir falar de teatro para crianças, idosos e pessoas portadoras de deficiência, mas quando se fala para o oprimido, a curiosidade não fica de lado. Com mais de 35 anos de existência e conhecido internacionalmente, o CTO – Rio (Centro de Teatro do Oprimido) foi fundado para alcançar todas as camadas socialmente excluídas, isto é, todos aqueles que de uma forma ou de outra, não tem condições ou oportunidade de acesso a informação e a arte.

A instituição criada pelo diretor e dramaturgo Augusto Boal, é um centro de pesquisa que desenvolve técnicas e exercícios teatrais específicos para cada camada oprimida. Além da arte cênica em si, existe a finalidade política, onde o teatro se torna um veículo para debate de problemas sociais, fazendo com que o público também participe. “O público é sempre incentivado a participar, não chega a existir essa separação entre ator e espectador”, comenta a socióloga aposentada Marli Miranda que já acompanhou de perto algumas apresentações do grupo. “A peça é uma apresentação do que vivemos diariamente, todos que assistem vão embora pensando no que poderia mudar na vida real”.

A idéia do CTO nasceu durante uma viagem pelo Nordeste, onde foi apresentado um musical para a população camponesa sobre a questão agrária. Após a apresentação, Boal percebeu que o teatro dava conselhos que a própria população não era capaz de seguir. A partir daí pensou no teatro como uma forma de diálogo e atualmente visita presídios, escolas, pontos culturais e ruas de todo o mundo levantando temas críticos como violência, política, sexo e preconceito.

quarta-feira, 12 de março de 2008

High School Musical – da telinha para o teatro brasileiro




Karinna Duque Estrada

Após o sucesso na TV americana, o musical High School do canal Disney Channel ganha a primeira versão brasileira no teatro. Dirigida pelo ator e coreógrafo Alessandro do Valle, Escola Musical é uma adaptação perfeita do filme original que conta a história de Troy e Gabriella, representados por Igor Pontes e Gabriella Cavalcanti, um casal que estuda na mesma escola e que tem em comum a paixão por música. O elenco composto por 17 atores e bailarinos na faixa de 11 a 26 anos, foi escolhido cuidadosamente com o intuito de manter a aparência dos personagens do filme, o que garantiu a lotação em todas as apresentações de 2007. " Os atores não só cantam e dançam. Fazem tudo. Os fãs do High School vão gostar porque tentei manter a cara do original", comenta o diretor Alessandro Dovalle.

Depois de ter batido vários recordes no Centro Cultural Suassuna e visto por quase 42 mil pessoas no ano passado, a peça volta aos palcos com uma nova história que de acordo com Alessandro, promete repetir o sucesso da primeira temporada. "Desde o início, a idéia era dar continuidade ao espetáculo. Fizemos o Escola Musical 1 e 2 e agora, conto uma história durante as férias.” Essa nova adaptação será diferente da primeira e contará mais com a criatividade do diretor. De acordo com ele, algumas modificações feitas nas letras das músicas na primeira temporada, fizeram com que o público gostasse ainda mais da peça. “Resolvi fazer uma peça com mais música do que texto. Percebi também que durante as apresentações as canções chamavam mais a atenção do público".

Escola Musical Curtindo férias está no Centro Cultural Suassuna, Avenida das Américas, 2603, Barra da Tijuca, 2439-8002. Sábado, 19h; domingo, 18h30. R$ 24,00. Bilheteria: a partir das 14h (sáb. e dom.) até dia 25.