segunda-feira, 31 de março de 2008

Teatro-terapia nas empresas

Karinna Duque Estrada

Intranquilidade, distanciamento, fadiga, conflitos pessoais internos e externos, são complicações geradas por bloqueios que algumas pessoas acabam gerando ao longo do tempo. Dentro de uma empresa, por exemplo, é comum ver funcionários com extrema dificuldade de se relacionar uns com os outros, ou até mesmo com o humor abalado. Para melhorar esse aspecto negativo, muitas empresas contratam profissionais de teatro-terapia, na expectativa de melhorar o desempenho interno.

O diretor Patrick Dadalto, especialista em teatro-terapia, já aplicou a técnica em grandes empresas como Petrobrás e Banco do Brasil em vários estados. Para ele, essa terapia é uma das melhores formas de aproximar e de desinibir as pessoas, sendo ator ou não. Consiste em apresentar diferentes maneiras de se relacionar a partir de brincadeiras, palestras e cursos. Patrick também usa a música como complemento.“ Geralmente todos se emocionam quando escutam música. Estando todos em um mesmo barco você percebe nitidamente que se igualam, seja faxineiro, patroa, chefe empregado etc...”.

A terapia, além de ser importante para o relacionamento interno dos funcionários na empresa, é também uma forma de quebrar o clima de um ambiente exaustivo. “Às vezes pessoas que em 34 anos nunca se olharam passam a se abraçar e depois em uma apresentação de 30 minutos viram amigos ou quebram o bloqueio".



assista aos vídeos de teatro-terapia

Lúcio Mauro divide palco com os filhos

Por Enildo do Rosário

Comemorando 81 anos de idade e 60 de carreira Lúcio Mauro, Lúcio Mauro Filho , Alexandre Barbalho e Luly Barbalho estão atuando juntos no mesmo palco no espetáculo " Lucio 80 30", no Teatro Leblon para celebrar carreiras artísticas bem sucedidas e realizar um grande sonho de família.

Quando o ator Lúcio Mauro foi parar no hospital no ano de 2006, não imaginava que tantas especulações sobre o seu estado de saúde poderiam render uma peça de teatro. Segundo Lúcio Mauro Filho que divide o palco com o pai e mais dois irmãos, os dez dias que passaram juntos no hospital, inspiraram a fazer uma peça em que ele pudesse expressar o seu sentimento e admiração pelo meu pai.

A peça

A história gira em torno de um pai teimoso (Lucio Mauro) que aceita ser internado em um hospital, após um mal-estar prolongado. Nos exames é detectado algo suspeito, o que deixa o filho (Lucio Mauro Filho) muito preocupado. Durante uma semana pai e filho convivem sem saber quanto tempo ainda ficarão juntos. Na angústia de tentar animar o doente, o filho resolve inventar um espetáculo com os dois. Unindo as experiências profissionais e pessoais que tiveram, eles começam a ensaiar uma peça onde passam a limpo suas vidas, seus acertos e erros, alegrias e vitórias, descobrindo onde suas histórias se encontram e revelando o imenso amor e admiração um pelo outro.

O cenário, de Guga Feijó e Lu Nicolini, recria um quarto de hospital e é composto por uma cama e um vaso sanitário. "Como nosso objetivo era passar um clima de atores ensaiando, queria um cenário simples", diz Lucio Mauro Filho.

Serviço
Texto e Direção: Lucio Mauro FilhoElenco: Lucio Mauro, Lucio Mauro Filho, Alexandre Barbalho e Luly BarbalhoTeatro Leblon - Sala Tonia CarreroRua Conde de Bernadotte, 26 - Leblon - Rio de Janeiro Telefone: 2274-3536 / 2294-0347Quinta, sexta e sábado, às 21h; e domingo, às 20h Ingresso: R$ 50 (quinta e sexta) e R$ 60 (sábado e domingo) Capacidade do teatro: 210 lugaresClassificação indicativa: 14 anos
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Kubanu, o "entretenimédia"


Fabiana Maria de Jesus



A companhia, Kubanu, está mais uma vez mostrando a sua irreverência nos palcos. O grupo é considerado um “entretenimédia”, uma mistura de entreterimento com comédia. Os shows da companhia são diferentes de tudo que se é feito nas peças de teatro convencionais.


A apresentação é composta por Dança, Teatro, Artes Circenses, Percussão Corporal, Esportes, Lutas, e Le Parkour. É tudo muito dinâmico e surpreendente, tudo isso acompanhado por uma Banda ao vivo composta por quatro integrantes.

O grupo tem no elenco os atores: Talita Bildeman, Alex Monteiro, Clair Junqueira, Daniella Fontenelle, Igo Ribeiro, Marcos Aprígio, Rafaela Melo e Ricardo de Sá. “É gratificante a gente ver o público sorrindo e nos aplaudindo de pé. Isso faz com que o cansaço e o estresse desaparecem no ato”.Relata a Talita.

O diretor Fernando Coolbano conta com o sucesso logo na estréia. “O Kubanu é uma Cia. de entretenimédia, onde usamos performace corporais cômicas com o objetivo e entreter e divertir o público, então isso já diz tudo, queremos divertir e contagiar as pessoas com a nossa alegria e mostrar e a competência da nossa companhia”.

O grupo entrará em temporada na
Fundição Progresso a partir do dia 15 de abril à 7 de maio, de terças as quintas-feiras, às 20 horas

segunda-feira, 17 de março de 2008

Teatro do oprimido – uma forma de linguagem


Karinna Duque Estrada


Muitos estão acostumados a ouvir falar de teatro para crianças, idosos e pessoas portadoras de deficiência, mas quando se fala para o oprimido, a curiosidade não fica de lado. Com mais de 35 anos de existência e conhecido internacionalmente, o CTO – Rio (Centro de Teatro do Oprimido) foi fundado para alcançar todas as camadas socialmente excluídas, isto é, todos aqueles que de uma forma ou de outra, não tem condições ou oportunidade de acesso a informação e a arte.

A instituição criada pelo diretor e dramaturgo Augusto Boal, é um centro de pesquisa que desenvolve técnicas e exercícios teatrais específicos para cada camada oprimida. Além da arte cênica em si, existe a finalidade política, onde o teatro se torna um veículo para debate de problemas sociais, fazendo com que o público também participe. “O público é sempre incentivado a participar, não chega a existir essa separação entre ator e espectador”, comenta a socióloga aposentada Marli Miranda que já acompanhou de perto algumas apresentações do grupo. “A peça é uma apresentação do que vivemos diariamente, todos que assistem vão embora pensando no que poderia mudar na vida real”.

A idéia do CTO nasceu durante uma viagem pelo Nordeste, onde foi apresentado um musical para a população camponesa sobre a questão agrária. Após a apresentação, Boal percebeu que o teatro dava conselhos que a própria população não era capaz de seguir. A partir daí pensou no teatro como uma forma de diálogo e atualmente visita presídios, escolas, pontos culturais e ruas de todo o mundo levantando temas críticos como violência, política, sexo e preconceito.

quarta-feira, 12 de março de 2008

High School Musical – da telinha para o teatro brasileiro




Karinna Duque Estrada

Após o sucesso na TV americana, o musical High School do canal Disney Channel ganha a primeira versão brasileira no teatro. Dirigida pelo ator e coreógrafo Alessandro do Valle, Escola Musical é uma adaptação perfeita do filme original que conta a história de Troy e Gabriella, representados por Igor Pontes e Gabriella Cavalcanti, um casal que estuda na mesma escola e que tem em comum a paixão por música. O elenco composto por 17 atores e bailarinos na faixa de 11 a 26 anos, foi escolhido cuidadosamente com o intuito de manter a aparência dos personagens do filme, o que garantiu a lotação em todas as apresentações de 2007. " Os atores não só cantam e dançam. Fazem tudo. Os fãs do High School vão gostar porque tentei manter a cara do original", comenta o diretor Alessandro Dovalle.

Depois de ter batido vários recordes no Centro Cultural Suassuna e visto por quase 42 mil pessoas no ano passado, a peça volta aos palcos com uma nova história que de acordo com Alessandro, promete repetir o sucesso da primeira temporada. "Desde o início, a idéia era dar continuidade ao espetáculo. Fizemos o Escola Musical 1 e 2 e agora, conto uma história durante as férias.” Essa nova adaptação será diferente da primeira e contará mais com a criatividade do diretor. De acordo com ele, algumas modificações feitas nas letras das músicas na primeira temporada, fizeram com que o público gostasse ainda mais da peça. “Resolvi fazer uma peça com mais música do que texto. Percebi também que durante as apresentações as canções chamavam mais a atenção do público".

Escola Musical Curtindo férias está no Centro Cultural Suassuna, Avenida das Américas, 2603, Barra da Tijuca, 2439-8002. Sábado, 19h; domingo, 18h30. R$ 24,00. Bilheteria: a partir das 14h (sáb. e dom.) até dia 25.